segunda-feira, 25 de maio de 2009

Atividade física melhora desempenho escolar

Pular corda, jogar bola e correr influenciam a capacidade de aprendizado das crianças


Como anda o rendimento do seu filho no colégio? As notas nunca foram tão baixas e os professores vivem reclamando da falta de envolvimento dele nas aulas? E na hora de fazer a lição de casa é aquele sofrimento? Calma. Antes de sair vociferando com o boletim nas mãos e aplicar aquele sermão típico de pais zelosos, tente uma estratégia mais sutil — e eficiente. Que tal propor a ele que se exercite mais? É isso mesmo! A ideia é que a criança corra, pule e brinque até cansar, todos os dias, na escola ou em casa. Se ela tiver uma bola, uma corda ou, quem sabe, uma piscina por perto, melhor ainda. Na verdade, o que um estudo da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, acaba de revelar é que a atividade física tem relação direta com o desempenho escolar da molecada. Os pesquisadores submeteram crianças de 9 e 10 anos a testes de raciocínio em dias diferentes. No primeiro, elas caminharam sobre a esteira; no outro, descansaram. “O exercício físico fez com que os garotos tivessem maior atenção nas avaliações, melhor resultado nas tarefas e compreensão mais clara da leitura”, conta a SAÚDE! o autor do trabalho, Charles Hillman. Ainda faltam explicações bem aprofundadas sobre a influência da atividade física na capacidade de aprendizado das crianças. Segundo Hillman, o que se sabe por enquanto é que suar a camisa mexe com o cérebro: “O exercício faz com que proteínas e neurotransmissores associados a aspectos importantes da aquisição de conhecimento atuem de forma diferente”, diz. Ricardo Barros, coordenador do Grupo de Trabalho em Medicina Desportiva e Pediatria da Sociedade Brasileira de Pediatria, vai além e dá como exemplo a ginástica rítmica. “É preciso concentração, habilidade de postura, coordenação e equilíbrio para aprender movimentos como estrela ou cambalhota”, explica o pediatra. “Repare que são todos requisitos também atrelados à aprendizagem.” Os especialistas, porém, destacam um aspecto importante negligenciado pelos adultos: crianças devem praticar atividades físicas recreativas, e nunca competitivas. “Os pequenos querem brincar. Distorcer esse interesse é um erro”, enfatiza Jorge Steinhilber, presidente do Conselho Federal de Educação Física. “Até os 10 anos, eles devem de preferência fazer jogos de coordenação motora com bolas, panos, arcos, papel e o que mais a criatividade permitir.” Outra recomendação fundamental é nunca exigir demais da meninada, tampouco cobrar resultados. Isso só vai trazer desilusão, frustração e abandono precoce da atividade. “Além disso, o excesso de treinamento pode levar a distúrbios do sono, falta de apetite, cansaço e lesões musculares constantes”, alerta Ricardo Barros.


Fonte Resvista Saúde

domingo, 24 de maio de 2009

Conheça os alimentos amigos da memória

Frutas, ovos, grãos e peixes contêm substâncias benéficas ao funcionamento dos neurônios. Em consequência, a memória é uma das funções cerebrais aperfeiçoadas.




Gostosas, saudáveis e lindas. Não é à toa que as frutas são tão coloridas. A cor vem dos antioxidantes, substâncias que protegem os vegetais das agressões do sol, do frio e da poluição. Pesquisas mostram que uma delas, a fisetina, é benéfica também para a memória. "Estudos em animais mostraram que os ratinhos lembravam de determinados objetos com maior facilidade e maior rapidez quanto tinham uma dieta rica em fisetina", revela a nutricionista Raquel Dias, da PUC do Rio Grande do Sul, que ensina a preparar um cardápio rico em fisetina e outros alimentos que fazem bem para o funcionamento das células nervosas, chamadas neurônios. A refeição inclui um antigo vilão das dietas, aos poucos reabilitado: o ovo.
Para quem não tem problemas de colesterol alto nem história familiar de hipocolesteronemia, não há problema nenhum em consumir ovos. Ele tem colina, uma substância presente na gema e que faz parte da membrana dos neurônios, fazendo com que eles funcionem melhor", explica a nutricionista. Na cozinha, mãos à massa, que deve ser integral. "Os grãos integrais são ricos em vitaminas do Complexo B, que também são importantes pra o funcionamento adequado do nosso sistema nervoso central. A memória é uma das funções aperfeiçoadas", explica Raquel Dias. Para acompanhar, um molho de tomate, rico em fisetina, a substância amiga da memória. O segundo prato é omelete com sardinha, peixe que tem ômega-3, um antioxidante poderoso que dá vitalidade para as células. "No momento em que a célula nervosa funciona bem, todas as conexões, todos os neurotransmissores, todas as informações que devem passar de uma célula para outra, passam de maneira mais adequada e mais facilitada. Então, com certeza, vão atuar beneficamente na memória também", diz a nutricionista. As estrelas do cardápio são as frutas, que têm vitaminas e muita fisetina.

E é prestando muita atenção que não esquecemos. É a primeira de oito recomendações que a neurocientista Lúcia Braga faz para o bem da memória:

1 – Prestar atenção e querer lembrar.

2 – Aprender coisas novas. Tocar um instrumento musical, estudar artes plásticas, dançar, cozinhar, por exemplo.

3 – Fazer atividade física regularmente.

4 – Dormir bem.

5 – Não consumir drogas.

6 – Manter uma alimentação saudável, rica em frutas e legumes.

7 – Evitar os fatores de risco, como o fumo, o álcool e a obesidade.

8 – Manter uma vida social ativa.


Fonte GLOBO REPÓRTER.