segunda-feira, 6 de abril de 2009




DOENÇAS DO SEDENTARISMO

"Hipertensão Arterial, Dislipidemia, Obesidade
Depressão, Déficit cognitivo e Ansiedade
Infarto Agudo, Diabetes Mellitus, Câncer, Aterosclerose
Artrose, Doença Pulmonar, Colecistopatias e Osteoporose"



Isto não é uma parte da música dos Titãs, nem um trecho retirado da bulade um medicamento, mas sim algumas das condições que, no mínimo, são agravadas em muito pelo sedentarismo.
Sedentário é aquele que anda ou se exercita pouco; inativo. Sedentarismo é a queima de menos de 2200 calorias por semana em atividades físicas ou a prática de atividade física leve por menos de 30 minutos diariamente. Trata-se de um comportamento, entre outras coisas, induzido por hábitos decorrentes dos confortos da vida moderna, provocando o desuso dos sistemas orgânicos funcionais.
Desde a época em que o homem habitou as cavernas, na pré-história, a civilização passou por três grandes ondas de sedentarismo. A primeira delas, há 10 mil anos, com o surgimento da atividade agrícola exercida em território ou sede fixa, daí o termo sedentário. A segunda onda foi por volta de 1750, na Europa, com o advento da máquina a vapor e a conseqüente Revolução Industrial, que substituiu gradativamente o trabalho braçal pela mecanização das tarefas de produção. Já a terceira foi a partir de 1950, com a explosão da bomba atômica, marco do início da era tecnológica, que ampliou a mecanização de outras tarefas cotidianas domésticas, de lazer, transporte e locomoção.
Pesquisas revelam que nos Estados Unidos morrem mais pessoas por ano em decorrência do sedentarismo do que por álcool, armas de fogo, acidente automobilístico, drogas ilícitas e doenças sexualmente transmissíveis, juntos.
Para reverter este quadro, nada mais bacana que a atividade física. Numerosos estudos contribuem para que ela seja considerada um dos fatores estimulantes da saúde, diminuindo os riscos das pessoas desenvolverem algumas condições patológicas.
O exercício físico atua diminuindo o stress emocional, reduzindo a gordura corporal, aumentando a massa muscular e a densidade óssea, melhorando o desempenho do sistema cardiorrespiratório, ativando o metabolismo dos nutrientes, modulando o sistema imunológico e proporcionando aptidão física para uma boa qualidade de vida.
Estudos revelam que a atividade física regular – diferente de medicamentos, vitaminas, etc – é o único fator, até hoje comprovado cientificamente, que concorre para um envelhecimento saudável. A opção por um ou outro exercício físico deve ficar por conta do prazer que cada pessoa ncontra na sua prática.
O gasto calórico por atividade é algo diferente para cada pessoa, mas em média uma pessoa com 60 kg de peso corporal tem o seguinte gasto energético durante 30 minutos ao:
  • andar de bicicleta (126 cal);
  • andar acelerado (276 cal);
  • arrumar a cama (66 cal);
  • compras no supermercado (70 cal);
  • dançar (200 cal);
  • ioga (50 cal);
  • hidroginástica (150 cal);
  • subir escadas (310 cal).
Os exercícios físicos nos dão a oportunidade de estar em contato mais próximo com nosso corpo, identificar alguns limites, quebrar barreiras e favorecer o autoconhecimento. Provoca mudanças corporais, o que altera também a imagem que a pessoa tem de si mesmo, tornando-se mais confiante e melhorando em função disso o autoconceito e a afetividade. Além disso, ajuda a socialização e no exercício de pensar, questões estas tão carentes e fundamentais na sociedade atual.
Segundo a UNESCO, a atividade física é um direito de todos e uma necessidade básica. Por isso, não deixe de encontrar um lugar na sua rotina para se mexer. É questão de boa vida!












FONTE: Ralph Strattner – Clínico Geral